A Estratégia para Transferência na Terapia de Insight

A Estratégia para Transferência na Terapia de Insight

A Estratégia para Transferência na Terapia de Insight

A terapia de insight é um processo fascinante que utiliza a transferência para lidar com conflitos inconscientes. Estou sempre em busca de entender como essa abordagem pode trazer benefícios duradouros para os pacientes, ajudando-os a reconhecer e trabalhar os padrões de comportamento que afetam suas vidas cotidianas. Neste artigo, exploraremos como a transferência é usada como uma poderosa ferramenta para transformar conflitos internos em momentos de autoconhecimento e crescimento.

A TI pede a estratégia de usar a transferência como meio para mobilizar os conflitos inconscientes e a sua solução consciente, em qualquer grau possível, potencialmente estável e eficaz, a médio e longo prazo. A mobilização dos conflitos inconscientes
é feita por meio da repetição dos conflitos primitivos que causaram a formação dos sintomas psíquicos. A transferência é um
meio pelo qual o conflito é novamente trazido ao conhecimento do analisando (remobilização do conflito), agora de modo mais controlado, com o auxílio do analista, de modo que as reações do analisando são concentradas no próprio analista.

Os conflitos inconscientes são reexperimentados de modo a relembrar as primeiras experiências traumáticas da infância ou adolescência. O analista aproveita as reações transferenciais para mostrar ao analisando como elas são ou podem ser usadas fora das sessões, desse modo, gerando insight com as outras pessoas da vida presente do analisando.
O analista torna-se um importante objeto dos impulsos regressivos do analisando, com muitos conflitos inaceitáveis sendo processados no que chama de neurose de transferência. Mas deve-se evitar regressões profundas infantis para não provocar muita ansiedade e angústia, a ponto de tornar o analisando incapaz de continuar na psicoterapia.

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As Táticas para a Transferência na Terapia de Insight (TI)

Para manter a transferência em ótimo nível o analista usará táticas como estas:

1. Evitar dar desculpas ou explicações detalhadas sobre problemas da relação psicoterapêutica (atrasos do analista ou do analisando, por ex.), de modo que o analisando use os problemas como estímulo para fantasias e sentimentos transferenciais, e depois serem interpretados pelo analista.

2. Manter o papel neutro de observador-participante, mesmo sendo provocado pelo analisando, assim a transferência é intensificada, pois o analisando pode interpretar a neutralidade como “fazer pouco caso” dele.

3. Não manipular o analisando e sim manter-se ético. No entanto é muito difícil para um analista manter um comportamento perfeito, pois ele poderá cometer erros, por ex., fazendo uma gratificação contratransferencial (sentimentos deslocados do analista para o analisando).

4. Usar a interpretação das reações do analisando (ex.: resistências, agressividade) para controlar a intensidade da transferência.

5. Conduzir a atenção do analisando para longe das reações dele, diminuindo-se uma forte transferência que poderia ser prejudicial.

6. Ter sempre em mente o seu papel de psicoterapeuta.

 

Resistência da Transferência

Ocorre quando o desejo inconsciente do analisando de manter a transferência é maior que o desejo de solucionar seus conflitos, porque o analisando quer a gratificação fantasiosa dos impulsos inconscientes infantis. O analisando repudia as satisfações orientadas pela realidade, com crescente comportamento regressivo, inclusive culpando o analista, com o objetivo de obter dele gratificações.

Exemplo de resistência da transferência: Uma jovem com grave ansiedade teve significativa melhor na psicoterapia. Teve relação sexual com o marido e experimentou grande satisfação com o orgasmo vaginal. No dia seguinte, na sessão psicoterapêutica, disse ao analista que iria deixar o tratamento porque estava boa. Em seguida passa a sofrer de forte ansiedade novamente e retorno à frieza sexual. A volta dos sintomas representa uma resistência, o seu desejo inconsciente de permanecer doente e continuar o relacionamento transferencial com o analista.

Na TI a resistência é tratada pelo aumento do conhecimento do analisando, por meio da interpretação e confrontação de que o bem-estar definitivo dele é conseguido se abandonar a resistência transferencial e continuar com o autodesenvolvimento. O analisando passa aceitar a frustração dos desejos transferenciais, e torna possível o encontro de objetos mais realísticos e adequados para a sua idade.

Um dos maiores perigos da TI é o analista tentar aprofundar de modo demasiado os conflitos infantis, encorajando neurose transferencial profunda e regressiva, sabendo das limitações da TI, o que pode resultar em pequena melhora no quadro clínico do analisando ou até desorganização da personalidade dele, ou ainda um insight intelectualizado e não funcional.

Resumindo: na TI o analista com alta perícia procura ajudar o analisando a interpretar as causas do seu conflito com base nas reações transferências, focalizando a atenção nos conflitos primitivos, e usa as respostas transferenciais para ilustrar a adaptação aos conflitos do presente, traça paralelos entre o comportamento do analisando dentro da sessão e fora dela. À medida que o analisando resolve os conflitos da transferência, aumenta o seu grau consciente dos padrões inconscientes neuróticos de defesa, torna-se apto para ser bem sucedido nos relacionamentos em geral.

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No contexto da terapia de insight (TI), a transferência é uma técnica crucial para ajudar os pacientes a mobilizarem seus conflitos inconscientes, trazendo-os para a superfície de forma controlada. Esse processo permite que o analisando reviva experiências traumáticas sob a orientação do analista, que usa essa oportunidade para gerar insights aplicáveis na vida do paciente fora da terapia. A abordagem evita regressões profundas que possam causar ansiedade excessiva, mantendo a transferência em um nível manejável para promover o autodesenvolvimento. A resistência à transferência é um desafio comum, onde o desejo inconsciente do paciente de manter os padrões infantis de gratificação pode dificultar o progresso. Com uma estratégia focada na interpretação e controle das reações transferenciais, o analista pode guiar o analisando para aceitar a realidade, buscar soluções práticas e desenvolver relacionamentos mais saudáveis.

Saiba mais sobre

O que é transferência na terapia de insight?
A transferência é uma técnica onde os conflitos inconscientes do paciente são projetados no analista, permitindo que esses conflitos sejam trabalhados de maneira controlada.

Como a transferência ajuda no tratamento de conflitos inconscientes?
Ela permite que os conflitos sejam reexperienciados e analisados, ajudando o paciente a ganhar insights sobre seus padrões de comportamento e reações emocionais.

Quais são as táticas para manter a transferência em nível ótimo na terapia de insight?
Algumas táticas incluem manter uma postura neutra, evitar explicações detalhadas de problemas e focar na interpretação das reações do paciente.

O que é resistência da transferência?
A resistência ocorre quando o paciente inconscientemente prefere manter os padrões de gratificação infantil ao invés de resolver seus conflitos, dificultando o progresso terapêutico.

Quais são os riscos de uma transferência muito profunda?
Um aprofundamento excessivo pode causar ansiedade elevada, desorganização emocional e até um retrocesso na terapia, resultando em insights não funcionais.

Qual é o papel do analista na gestão da transferência?
O analista guia o paciente na interpretação das suas reações transferenciais, ajudando-o a usar esses insights para lidar com conflitos atuais e melhorar seus relacionamentos.

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