A Relação Psicoterapêutica

Grau de atividade do terapeuta na TCC

A Relação Psicoterapêutica, os psicoterapeutas TCC demonstram alto grau de atividade nas sessões de tratamento. Aproveitam ao máximo o tempo disponível, desenvolvem formulações dinâmicas de casos e aplicam os métodos da TCC.
O grau de atividade dos psicoterapeutas TCC é maior nas primeiras sessões do tratamento, quando os clientes estão mais sintomáticos e se familiarizando com o modelo TCC. No início o psicoterapeuta assume maior responsabilidade, direciona o fluxo das sessões, explica os conceitos básicos da TCC. Ele aplica energia, animação e senso de esperança na psicoterapia, sobretudo quando o cliente está severamente deprimido.

O psicoterapeuta é ativo para ajudar o cliente a assimilar e utilizar os métodos da TCC. Embora exista uma grande variação de clientes e de sessão para sessão, a respeito do quanto o psicoterapeuta precisará falar na TCC, as primeiras sessões geralmente são marcadas por um grau alto de atividade verbal por parte do psicoterapeuta. À medida que a TCC avança e o cliente aprende a usar os conceitos da TCC, o psicoterapeuta só observa, demonstra empatia e segue adiante com menos palavras e menos esforço.

O terapeuta como professor- coach

Na TCC o psicoterapeuta é mais um professor/coach. Ele transmite conhecimento de uma maneira fortemente colaborativa, incentivando o cliente a se envolver plenamente no processo de ensino-aprendizagem. Veja a seguir qualidades de um bom psicoterapeuta TCC:

• Amigável: transmite informações de um modo construtivo. Não intimida ou reprova de maneira negativa.
• Engajador: cria um ambiente de ensino-aprendizagem estimulante. Engaja o cliente com exercícios que proporcionem energia à psicoterapia, sem sobrecarregá-lo com atividades. Enfatiza o trabalho em dupla ativa, o processo empírico colaborativo.
• Criativo: usa de modelos e atividades mais criativas do que o comum, para enxergar a situação e buscar soluções. Estimula o cliente a ser criativo, buscar alternativas para o enfrentamento dos problemas.
• Capacitante: oferece ao cliente ferramentas que lhe permite operar mudanças significativas em suas vidas.
• Orientado para a ação: a TCC não é um processo passivo, do tipo “sentado na poltrona”. Psicoterapeuta e cliente trabalham juntos, o tempo todo, para adquirir conhecimento, que é colocado em prática nas situações da vida real.

O uso do humor na TCC

Tentativas de inserir humor podem ser interpretadas como o se psicoterapeuta tivesse tentando banalizar ou ignorar a gravidade do problema do cliente. Usar o humor na psicoterapia traz riscos. É preciso ter cuidado para reconhecer os riscos e se beneficiar com uma injeção de humor na relação. O humor pode ter resultados positivos e fazer o cliente perceber suas distorções cognitivas, sentir prazer e expressar emoções positivas. O humor traz liberação emocional, risadas e divertimento. Entretanto, quando vêm para a psicoterapia, os clientes, em geral, já perderam parte do seu senso de humor.

Três razões para se usar o humor na TCC.

1. O humor normaliza e humaniza a aliança terapêutica. Comentários bem colocados ajudam a promover o caráter amigável e colaborativo da TCC.

2. Auxilia os clientes a quebrar padrões rígidos de pensamento. Rir juntos das falhas ajudará o cliente a ponderar e adotar mudanças cognitivas.

3. Habilidades para o humor é um importante recurso para lidar com o estresse.

Os elementos-chave de humor controlado são:

1. Espontaneidade e autenticidade.
2. Construtivo.
3. Concentrado em problemas externos, modos de pensamento disfuncional, em vez de em uma fraqueza pessoal.

O humor com essas características alivia a rigidez dos pensamentos e emoções negativas. Há psicoterapeutas são adeptos do uso do humor na psicoterapia, outros acham constrangedor ou difícil. O importante é não ser rígido ou muito sério na psicoterapia, afinal, é preciso ajudar uma pessoa que está em sofrimento. O uso do humor sutil, bem aplicado, é uma habilidade a ser aprendida pelo psicoterapeuta TCC. O humor também poder ser incluído em tarefas para o cliente fazer.

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