O Papel do Analisando na Psicoterapia parte 3

O Papel do Analisando na Psicoterapia parte 3
Se você já passou por um processo terapêutico ou tem interesse em psicoterapia, talvez já tenha se perguntado qual é exatamente o papel do analisando nesse processo. Nesta terceira parte da série, vamos aprofundar temas essenciais como os afetos, a regressão e a maneira como as convenções sociais influenciam a terapia. Além disso, veremos como a Terapia Interpretativa (TI) e a Terapia Adaptativa (TA) tratam esses aspectos de maneiras diferentes. Vem comigo entender melhor!
5. Os Afetos
Não só os pensamentos são importantes, os sentimentos também o são, e eles podem ser tão ou mais importantes que os pensamentos.
Na TI a regra básica é educar o analisando a interpretar as defesas contra a expressão dos afetos desagradáveis. Por ex.: o isolamento ou a intelectualização é uma defesa que pode estar encobrindo uma repressão de conteúdos perturbadores.
Na TA, há casos, que se permite ao analisando o isolamento contínuo e a evitação do afeto, como parte da manutenção do sistema de defesa. No outro caso extremo, se o analisando está manisfestando forte afeto, talvez seja preciso ajudá-lo a recuperar o controle. Na TA concentra-se na expressão dos afetos percebidos conscientemente, e evita-se mobilizar os afetos inconscientes.
6. Ausência de Respostas Imediatas
Na TI o analista explicará ao analisando que ele não terá respostas imediatas para a solução dos conflitos. Ele não deverá dar a impressão de que sabe tudo.
Deverá evitar perguntas específicas para buscar respostas imediatas (Ex.: “por quê você acha que isto está acontecendo?”). O analista usará perguntas abertas (“quais são os seus pensamentos…”). O objetivo é ajudar o analisando a reconhecer o fato de que estão procurando uma solução que virá gradualmente.
Na TA o analista pode exprimir respostas imediatas e definitivas, exercendo o seu papel de figura de autoridade.
7. A Regressão
Na TI a regra básica é esta: o analista encoraja o analisando à sucessivas regressões psicoterapêuticas, pela suspensão do juízo crítico na verbalização dos seus pensamentos e sentimentos. Depois se fará a análise consciente do material reprimido. A regra para o analisando é esta: “falar primeiro, pensar depois”, usar o processo primário (*) sem alimentar o processo secundário (uso da lógica). Também é importante o analista ajudar o analisando reverter a regressão para que fique consciente de que a regressão é reversível, fazendo com o analisando resuma o que aconteceu e consiga manter o controle de seu ego.
(*) modo de pensar da infância, sem regras, racionalidade e lógica, desprezo das relações de causa e efeito.
Na TA o analista vai evitar que o analisando desenvolva maior regressão para reforçar as defesas do ego.
8. Convenções Sociais
Na TI a regra é o analista educar o analisando sobre as convenções sociais que não são permitidas, oferecendo ajuda para qualquer situação de etiqueta social ou boas maneiras, como pegar algo que o analisando tenha deixado cair no chão. Dessa forma é intensificada a frustração do analisando com aumento dos deslocamentos dos conflitos primitivos para a pessoa do analista, o nome disso é transferência. Isso deve ser explicado claramente para o analisando.
A TA implica na diminuição das frustrações da transferência. As convenções sociais são plenamente usadas
9. Os Esforços do Paciente para Mudar
Na TI, a regra é esta: espera-se que o analisando tente seus próprios modelos de mudança e adaptação, a fim de se tornar mais independente e menos apoiado na intervenção do analista.
Na TA usa-se ativamente a sugestão do analistao reforço, a aprovação, a desaprovação, para provocar a mudança de comportamento.
A psicoeducação consiste em fazer o analisando tanto na TI como na TA, a respeitar as regras básicas citadas.
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Nesta terceira parte sobre o papel do analisando na psicoterapia, exploramos aspectos fundamentais como os afetos, a regressão e os esforços do paciente para mudar. A abordagem varia entre a Terapia Interpretativa (TI), que enfatiza a análise dos sentimentos reprimidos e o desenvolvimento gradual da autoconsciência, e a Terapia Adaptativa (TA), que permite uma maior estruturação do ego e respostas mais diretas do terapeuta. Além disso, discutimos o impacto das convenções sociais no processo terapêutico e como a psicoeducação auxilia no crescimento do analisando. Compreender essas nuances é essencial para um percurso terapêutico mais eficaz e consciente.
Saiba mais sobre
Qual a importância dos afetos na psicoterapia?Os afetos são tão importantes quanto os pensamentos, pois expressam conteúdos inconscientes e podem revelar defesas psicológicas, como o isolamento ou a intelectualização.
Como a TI e a TA lidam com a expressão dos afetos? Na TI, o analisando é encorajado a interpretar suas defesas contra afetos desagradáveis. Já na TA, pode-se permitir a evitação dos afetos ou auxiliar o analisando a recuperar o controle emocional quando necessário.
Por que o analisando não recebe respostas imediatas na TI? Para que ele aprenda a processar gradualmente seus conflitos internos, sem depender de respostas prontas do terapeuta, promovendo maior autonomia na análise de suas emoções.
O que significa regressão na psicoterapia? A regressão é um estado psicológico em que o analisando acessa padrões de pensamento mais primitivos. Na TI, isso é encorajado para análise posterior, enquanto na TA, busca-se evitar que a regressão enfraqueça o ego.
Qual o papel das convenções sociais no processo terapêutico? Na TI, o analisando é instruído sobre as convenções sociais, e frustrações podem ser usadas para intensificar a transferência. Na TA, busca-se reduzir essas frustrações, mantendo as convenções sociais plenamente.
Como ocorre a mudança no analisando em cada abordagem? Na TI, espera-se que o analisando desenvolva seus próprios mecanismos de adaptação e crescimento. Já na TA, o terapeuta pode usar reforços positivos e sugestões diretas para facilitar mudanças comportamentais.

