A Estratégia e Prática da Psicoterapia e terapia de apoio
Na prática da psicoterapia e da terapia de apoio, percebo o quanto essas abordagens são fundamentais para promover o equilíbrio emocional e psicológico. A cada sessão, o trabalho colaborativo entre terapeuta e paciente ajuda a explorar e tratar conflitos internos, muitas vezes inconscientes, contribuindo para um processo de autoconhecimento e de redução de sofrimento.
A Estratégia e Prática da Psicoterapia
Os problemas emocionais e as perturbações da personalidade resultam de uma tentativa da mente para solucionar o conflito intrapsíquico, causados pelo impacto das forças do id, do ego e do superego. São tentativas inconscientes para recompor a quebra do equilíbrio dinâmico psíquico, refrear a ansiedade e outros sentimentos desagradáveis. É por meio da psicoterapia que se busca a solução dos conflitos mentais, que não foram resolvidos pelo indivíduo.
A Aliança Psicoterapêutica
Na sessão de psicoterapia os aspectos sadios do ego do analisando, formam uma aliança com o psicoterapeuta/analista. Ambos combatem os elementos doentios da vida do analisando.
Os processos do ego sadio – autoconhecimento, motivação, capacidade de insight, comunicação positiva, dentre outros – serão acessados.
Mas também o ego pode inconscientemente se opor ao tratamento psicoterapêutico, criando uma variedade de resistências, porque, resistindo, manterá o indivíduo numa zona de conforto neurótica, onde há benefícios secundários.
As Resistências
Elas nascem de 3 fontes:
1) Manter a repressão dos conflitos por meio dos mecanismos de defesa inconscientes do ego, para evitar sentimentos desagradáveis que surgem no tratamento.
2) A manutenção dos impulsos infantis.
3) Temor à mudança, que faz como que o analisando tente manter seus antigos comportamentos (zona de conforto).
Os dois tipos de Psicoterapias
As psicoterapias são alianças entre analista e analisando, há dois tipos básicos:
1. Psicoterapia de apoio (TA)
2. A Psicoterapia dirigida ao Insight (TI)
Psicoterapia de Apoio (TA)
Tem atuação limitada. O objetivo é o alívio imediato do sofrimento sem que se espere mudanças na personalidade ou solução de conflitos intrapsíquicos inconscientes. No entanto, pode também ocorrer alterações não planejadas. O problema ou enfermidade psíquica e os seus sintomas muitas vezes devem ser aceitos, e os analisandos devem aprender a conviver com eles. Análogo à pessoa que convive com doença crônica do coração, coluna e outras.
O analista deve cuidar para não forçar mudanças nesses casos, porque poderá desencadear maior perturbação da enfermidade psíquica.
Por exemplo, em alguns casos de psicóticos crônicos, o objetivo da TA é manter o analisando fora de um hospital psiquiátrico.
Na TA permite-se que o analisando conserve a repressão, não trazendo ao consciente os conflitos inconscientes, porque poderia aumentar a ansiedade e mais formação de sintomas neuróticos.
No entanto, o analista pode debater sobre os problemas inconscientes quando vê oportunidade para a evolução do analisando, permitindo que os analisandos falem dos seus problemas, se sentirem aceitos, e assim não gerar mais frustrações neles. Mas não se deve encorajar ativamente a busca de conflitos para manter a TA funcional.
Na TA o analista usa a si próprio como instrumento de intervenções ativas.
Na TA se favorece a manutenção das defesas psicológicas mais eficazes e a redução da ansiedade para inibir os sintomas neuróticos. Investiga-se também quais defesas úteis podem ser introduzidas pelo analista, compatíveis com as defesas já existentes, provocando assim o equilíbrio mental do analisando.
Na TA o analista encoraja a identificação do analisando com ele, repetindo em parte a identificação com os pais na infância, agora de modo mais eficaz, usando de vários recursos táticos:
1. Relacionamento positivo.
2. Apontando formas de lidar com os conflitos.
3. Sugerir novos mecanismos de defesa para uso do analisando.
4. Indicar a sua própria maneira de lidar com os problemas.
O objetivo dessas intervenções táticas é aperfeiçoar a função do ego do analisando para manter o equilíbrio dinâmico mental.
Defesas Psicológicas | Intervenção tática usada pelo analista |
Isolamento Intelectualização |
Dar mais explicações intelectualizadas. |
Desafiar a autoridade | Minimizar o papel de autoridade analista |
Obesessão-compulsão | Apresentar instruções ritualísticas e semi-mágicas |
Na TA suaviza-se a ansiedade pelo fortalecimento das defesas. Também não se força a lembrança dos conflitos reprimidos, de modo a não estressar o analisando.
A TA pede redução ou remoção do conflito consciente empregando-se meios ativos por parte do analista que assume o papel de ego-substituto, e toma decisões pelo analisando, ajudando-o a organizar os pensamentos, a vida, etc., desse modo favorecendo a identificação com o analista. O que reproduz em parte o relacionamento da criança com os pais. Mais tarde o analisando é encorajado a usar os processos do seu próprio ego. Há casos em que a análise é longa e o ego-substituto do analista deve permanecer ativo.
Na TA procura-se oferecer recompensas ou reforço técnico ao analisando de modo que fique claro que existe uma autoridade externa que é o analista. A recompensa é necessária para ocorra o ajustamento do analisando. As gratificações reduzem a ansiedade, aumentam a identificação com o analista.
Na TA o próprio analista serve de modelo de padrões morais para que o analisando se identifique com ele, o que implica em intervenções ativas, para criar um superego externo benigno, mais realista e racional e menos fantasioso e emocional.
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Na prática psicoterapêutica, a psicoterapia e a terapia de apoio desempenham papéis distintos, mas complementares, na busca por um equilíbrio psíquico. Enquanto a terapia de apoio visa alívio imediato e a aceitação de certos aspectos emocionais sem modificar a personalidade, a psicoterapia busca solucionar conflitos intrapsíquicos mais profundos. Ambas abordagens permitem ao paciente fortalecer o ego e, muitas vezes, lidar com suas defesas emocionais de maneira mais saudável, promovendo um ambiente terapêutico de aceitação e resiliência.
Saiba mais sobre
O que é a psicoterapia e qual é o seu objetivo principal? A psicoterapia busca resolver conflitos intrapsíquicos e promover o autoconhecimento, melhorando o equilíbrio emocional do paciente.
Qual a função da terapia de apoio na psicoterapia? A terapia de apoio oferece alívio imediato do sofrimento sem mudanças profundas na personalidade, ajudando o paciente a conviver com certos sintomas emocionais.
O que significa aliança psicoterapêutica? É a colaboração entre o paciente e o terapeuta para enfrentar juntos os elementos que causam sofrimento, fortalecendo aspectos saudáveis do ego.
Como surgem as resistências durante a psicoterapia? As resistências ocorrem quando o ego tenta manter antigos comportamentos ou sentimentos reprimidos para evitar desconfortos emocionais.
Quais são os principais tipos de defesas psicológicas usadas na terapia de apoio? Isolamento, intelectualização e adaptação de mecanismos de defesa eficazes para reduzir ansiedade e sintomas neuróticos.
Qual o papel do terapeuta na terapia de apoio? O terapeuta atua como um modelo de apoio, fortalecendo as defesas do paciente e ajudando-o a manter o equilíbrio emocional sem causar novos conflitos.