Qualificações e acordos em psicanálise
As Qualificações do Psicoterapeuta em psicanálise
Qualificações profissionais: tipo de formação, filiação profissional, tempo de experiência. Estas informações estão em geral no site ou nas mídias sociais do profissional.
Atributos pessoais/biografia: se é casado ou não, se tem filhos, religião, passa – tempo, interesses pessoais, atividades fora da esfera profissional.
Em geral a situação do analista representa implicações transferências e ele pode explorar a curiosidade do analisando para interpretar os conteúdos.
Exemplos de implicações transferências:
1. Se um homossexual latente em conflito com os seus impulsos libidinosos, sabe que o analista é casado, poderá reduzir a ansiedade, pois não temerá ser assediado, ou poderá ver no analista a possibilidade de transferir seu desejos sexuais.
2. Um analisando em conflito matrimonial, pode ficar bloqueado se souber que o analista é divorciado. Se sabe que o analista é casado, poderá se identificar.
3. Se o analista professa a mesma fé religiosa ou linha política ideológica do analisando, poderá ser visto como objeto de identificação positiva.
Na TI, em regra, quanto maior a informação que o analisando tiver sobe a vida pessoal do analista, menor será a transferência. Quanto menos ele sabe sobre o analista, mais suas projeções estarão baseadas em seus próprios impulsos, fantasias ou defesas psíquicas. Na TI em geral as perguntas pessoais não devem ser respondidas ou pode-se buscar insights fazendo perguntas do tipo, “o que sentiria se eu fosse casado (ou não), gay (ou não), divorciado (ou não)”. É claro que na TI a regra é frustrar o analisando para ele amadurecer.
Na TA, as perguntas dos analisandos são usadas para manter a harmonia entre analista e analisando, evitar provocar ansiedade, promover a identificação com o analista e fortalecer as defesas psíquicas. Assim, responde-se às perguntas do analisando sem grandes explicações para não estressá-lo.
O Acordo Psicoterapêutico
Pode ser formal (escrito) ou verbal, mas sempre deve ser estabelecido. Envolverá os pontos: honorários, tempo de tratamento, ausências, sigilo, etiqueta e ética profissional.
Os Honorários
O fator dinheiro causa uma variedade de significados tanto para o analisando como para o analista. Este tema é tratado de forma diferente por cada profissional. Não há um modelo, mas o analista deve ficar muito atento às reações transferenciais e contratransferências (deslocamento de sentimentos ruins do analista para o analisando), que envolvem a questão do dinheiro pago pelas consultas.
O valor dos honorários pode depender da frequência das sessões e do tempo de duração delas.
Quando se faz um pacote fechado de consultas mensal, o valor pode ser menor do que aquele de consultas eventuais.
Se os honorários forem muito baixos pode ocorrer que o analisando:
1. Não valorizará a psicoterapia.
2. Desenvolverá sentimento de culpa por estar recebendo algo injusto.
3. Pensará que o analista não será tão eficiente.
4. Fantasiará que o analista tem um interesse especial (libidinoso, amizade, etc.).
5. Achará que tem controle sobre o analista.
6. Não contratará o analista por achar que ele é “fraco” (não sabe dar valor para o próprio trabalho).
Se os honorários forem muito altos pode ocorrer que o analisando:
1. Ficará em situação de risco financeiro.
2. Terá expectativa de cura mágica.
3. Pensará que não precisa fazer nada porque o analista está sendo “muito bem pago”.
4. Fantasiará que é um analisando favorito do analista.
5. Sendo masoquista pode provocar contínua gratificação, com o analista sendo o objeto sádico.
Se os honorários forem muito baixos pode ocorrer que o analista:
1. Sinta que está sendo bondoso (ter o desejo de ser querido).
2. Sinta-se culpado se cobrar “caro” a sessão”.
3. Ache que as pessoas não podem pagar um valor mais alto.
4. Desenvolva sentimento de raiva contra o analisando. (“Eu me esforço muito e esse cara me paga pouco”).
5. Pense que já que cobra pouco, e o analisando deveria ser grato e compensá-lo de outra forma.
6. Sentir que deve fazer mais pelo analisando.
O valor da sessão pode ser estabelecido pelo valor cobrado pela cidade ou região.
No entanto, o analista pode cobrar mais caro considerando os diferenciais do seu atendimento.
Na TI aconselha-se que o analisando participe ativamente na determinação dos honorários, a partir de um valor mínimo estabelecido pelo analista, de modo que o analisando se sinta responsável, já que a TI exige o desenvolvimento da maturidade em todos os sentidos.
A TA pede a não mobilização de conflitos e da transferência, assim pode-se gerenciar a questão do dinheiro de diversas formas, de acordo com o tipo de enfermidade do analisando.
Exemplos:
1. Analisandos passivo-dependentes agudos: tratar do assunto com alguém da família.
2. Indivíduos com sentimentos fortes contra dependência: cobrar diretamente dele os honorários.
3. Pessoa esquizofrências com sentimento de não dever nada para ninguém: Cobrar sessão por sessão e não no final do mês.
4. Indivíduos depressivos com sentimento de culpa por dar prejuízo para a família: cobrar os honorários com alguém da família.
Nas clínicas onde o pagamento é recebido pela secretária, perde-se essa importante parte da relação psicoterapêutica, a de observar a relação transferencial e contratransferencial
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